terça-feira, 13 de outubro de 2009

Disparo.

Um disparo. Eu vi...
Vi que não passava apenas de um disparo
Um disparo deste coração em disparate

Um disparo. Eu sei...
O menino corre e corre e corre
E não há pontuação na corrida do menino
Nem reticências cobririam essa semântica simples

Um disparo. Eu finjo...
Finjo a dor que não sinto
E sinto não sentir a dor que finjo
E disparo contra mim mesmo
O mais algoz anestésico...
e finjo.

Finjo ser gente,
Ser cor encardida nessas paredes brancas da vida,
Ser o grito que o silêncio nunca vai entender.
Finjo ser...
Mas, antes de tudo, sou.

Um disparo, Eu.
Sou o disparo que corta os dias
Em busca da angústia do próximo passo
Eu posso, eu disparo...

Disparo e “des-páro”.
E vamos!

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