segunda-feira, 22 de junho de 2009

Na respiração dos segundos

Hoje foi um daqueles dias
Compus três músicas inteiras
Com melodias extensamente pegajosas
Letras embromadas prum futuro próximo
Escrevi 15 páginas de um relatório qualquer
Discuti sobre o “porque não?” do Cinema Nacional com bons amigos.
Escutei bizarrices de uma professora qualquer, com todo o respeito qualquer.
Fugi de uma prova que era qualquer prova
Ficou pra amanha... E ainda preciso dos acompanhamentos.
E acompanhamento não é cola.
Sou estudante de música.
Acompanhamento é acompanhamento, cola é cola.
Isso cheira à cola? Você já foi pego cheirando à cola?

E escrevi meia dúzia de palavras aqui.
Hoje a noite vai ser longa.
Eu gosto de noites longas de pensamentos fervilhando
Boa noite...


OBS: Não disponibilizo as músicas porque após descobrir o recurso "gravador" no celular não faço mais gravações decentes. Só descentes!

OBS 2: Ainda escuto a voz da Mandy Moore running circles in my head! Eta voz legal!
baixa umas músicas pra vocês ouvirem!
LINK: http://www.mandymoore2.blogspot.com/

Sugestão? Only Hope, mar é claro!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Thiago, versículo único... Ou não.

Hoje decidi não me privar do que é e será eterno.
privar-me-ei tão somente do que é efêmero,
do que não me assombra por mais de uma noite.
Assim são: A culpa, o medo e a incapacidade.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Corre!

Corre em minhas veias todo o medo que está no porvir
Engoli no café meia dúzia de palavras breves...
Já estou farto das palavras inteiras dos cronistas de jornais.
Eles querem empurrar uma dúzia inteira nessa minha meia dúzia de idéia.

Só meu suor é um passado que considero nesse meu presente.
Os dias correm como respirações afoitas
Tome um fôlego e corra para um outro lado
Esse já é velho.

Corre, corre...
Mete o dedo no meio fio
aproveita o impulso pra frente do tropicão
e corre mais!

Corre

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dia...

Limitaram os limitados em 24 horas.
Lhes deram tudo de efêmero...
Tudo de torpe... Alguns até se esbaldam num gozo único.

Alguns caminham entre vitrines tentando encontrar o outro
Espelhando-se em etiquetas... Em etiquetas de preço, em etiquetas de um gosto.
Quanto vale a lembrança de todo um dia?
Lhes deram tudo de estranho...
Até enxergar “o outro” utilizando o próprio “outro” é estranho.
E isso é estranho pra mim...

No dia limitado, eu quis dormir ao lado dela.
E era tudo calmo
A respiração era longa, os passos que fingi não escutar eram leves
A boca que me beijou era leve
Nada era efêmero
Talvez ela não saiba... mas sempre que consigo deixo que ela durma primeiro
Só pra gravar mais um pouco no meu espírito
O presente que ganho todos os dias.
Ela.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Movimento...

As coisas vem... Vem e ficam diferentes.
Meus amigos, que há alguns dias viravam a madrugada enchendo a cara de conversa e jogando o álcool fora, estão procriando, amando uns aos outros, casando... Enfim... tudo se movimenta.
Meus ídolos vão ficando cada vez mais conhecidos entre um intervalo e outro de programas “pro-teenagers”. E a cada dia sinto menos a necessidade de um ídolo.

Fazer baliza com uma mão, respirar fundo no meio da confusão de buzinas...
Correr pra ler, escrever correndo e correr pra apresentar com calma...
Movimento...

Optar pelas caixas de papelão, brigar com a mãe que insiste que a sacola é para o lixo.
Preocupar-se com o lixo, sentir-se um lixo e preocupar com você mesmo.
Movimento...

Ouvir um CD inteiro... impressionar-se com o fato de ter escutado todo o CD.
Sentir-se menos hiperativo, sentir-se ativamente imperativo!
Movimentos...

Entre um sono e outro...
Movimentos!

Começar a entender épocas de sua vida... Amigos estudam, amigos se tornam profissionais, amigos casam.
Participar de tudo, entender tudo, sentir-se bem com tudo e todos...
Movimento...

Entre um texto e um acaso... Entre o têxtil e o descanso.
Entre o futebol do fim-de-semana e a tragédia dos últimos dias...
Movimento...

Entre as mudança em nosso bom vernáculo
"no caso da flexão dos verbos em tempos distintos, se manteve? Certo!
Então faltou o acento circunflexo ali, no começo!"

Movimento.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ela...

Ela dorme e nem vê que sorri...
E nem vê a beleza que vejo.
Como pode ser tão injusto o sono?!

Respira melodias... É provável.
E ainda posso me dar ao luxo de harmonizar cada passagem de ar...
Isso me inspira e me inspira... Nos dois sentidos mais lógicos e derradeiros.

Ela dorme...
E da pele dela saltam melodias... “Pour Elise” talvez.
E a toco...

Se eu e ela, como distorção e distração
somos suficientes pra uma noite inteira
Me diz você por que não posso dizer não a qualquer coisa que venha?
Pela janela todo sol é só um fato
Um abraço...
já não preciso mais desse refrão.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Manhãs!




Há quanto tempo não via uma manhã de forma tão poética? Nem eu mesmo sei me responder isso. E nem deveria ver essa manhã, tenho o dia abarrotado de bons compromissos. Enfim... Já que estou por aqui, devo eu cantar um pouco da beleza dessa manhã que escolhi pra achar o sono perdido durante a noite.

É impressionante como as manhãs cheiram bem. Como se tudo nascesse junto ao cheiro úmido que sobre ou desce sabe-se de lá onde.

Não digo dessas manhãs que são dos carros e pessoas, mas dessas que são do nada, ou do silêncio úmido que cheiro. Manhãs das primeiras horas do que virá...

E os sons vão brotando... Pego ao longe um som de um despertador em duas notas descendentes. Engraçado! O fabricante do tal despertador não poderia ser mais desafortunado. Como pode colocar um som qualquer descendente num despertador? É tão “contra-regra”!

Enfim... O cheiro úmido está desvanecendo... pouco a pouco vou ganhando algum sono. Mas já é hora de acordar.

E a manhã vai ficando pra trás.

É pela manhã que conhecemos alguns dos nossos medos ou acordamos pra novas vitórias.