segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tudo se vende

Tudo se vende. Hoje... Tudo se vende. Às favas que disse que tudo se transforma. Tudo se vende.
Meus ídolos se perderam no meio de um caminho comprado a muito suor e sangue e, ao final, ao final pelo menos do que considero como final se venderam por míseras cadências acertadinhas e clichês harmônicos.
Eu me vendi aos padrões dos quais não fazia parte. Consumi tudo o que pude no tempo que tive. Eu me vendi por uns trocados quaisquer.
O discurso ressoa... um discursinho ufanista, “magaloutópico” que se perdeu na linha tênue que divide esse disco de aparência sonora tão confortante ao enfadonho colapso dos sonhos de quem se entrega e se vende. E se vende hoje... Pelo menos hoje.
E realmente, não há mais mistério. Todos querem as menininhas dos devaneios do fim de tarde na TV saindo de sério, abrindo os braços para abraçar o nada.
Foi-se o tempo em que o ídolos, os heróis morreram de overdose. Não inventaram a overdose de honestidade, de fazer “único e exclusivamente o que a gente gosta”.
Ah! Meu amigo... O tempo não pára mesmo. As coisas vão além... Até os discursos vão além.

E eu quero mais é queimar a língua... por que, pelo que eu vejo, todos os que foram ou que são bons, um dia queimam a língua.

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